Estruturas metálicas e galvanização

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16/09/2013

Cobertura para o aço

Cobertura para o aço

Na construção de estádios para mundial, sustentabilidade é requisito internacional para 2014

 

Muitos esperam que a próxima revolução tecnológica seja o desenvolvimento sustentável de nossa sociedade. Mas sempre que o tema vem à tona, fica a pergunta: do que trata o desenvolvimento sustentável? Em linhas gerais, podemos dizer que representa um compromisso de crescimento e desenvolvimento social, econômico e ambiental, atendendo as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações. Ou seja, trata-se de perpetuar os recursos naturais.

 

Diariamente, o assunto deixa de ser um bordão para arquitetos, engenheiros e profissionais da construção civil e passa a ser uma Atitude real, com "A" maiúsculo. Agora, projetos, e construções, sustentáveis são prioridades, seja pelas atuais exigências normativas (ou atos regulatórios), cada vez mais rigorosos, seja pela lenta exaustão dos recursos naturais, ou ainda por uma simples decisão ética consciente.

 

Com base nesta realidade, todos os principais eventos mundiais que necessitam de novas construções se veem obrigados a seguir as chamadas "metas verdes". Um destes eventos é a Copa do Mundo de futebol, a ser realizada no Brasil em 2014. Por determinação da entidade organizadora do evento, a FIFA, os projetos dos novos estádios, ou mesmo as reformas dos que já existem, devem respeitar esta realidade construtiva.

 

Com base nessa diretriz, os escritórios de arquitetura autores dos projetos dos estádios brasileiros para a Copa 2014 contemplaram a sustentabilidade como alicerce de suas ideias e ações. Um desses alicerces foi o uso das estruturas metálicas em suas coberturas. Dos 12 estádios brasileiros que sediarão jogos do campeonato mundial de futebol, ao menos sete deles contarão com o aço como elemento estrutural.

 

 

"Além de diminuir consideravelmente o impacto ambiental da estrutura metálica versus a estrutura convencional, no conceito da obra seca com a certificação da construção sustentável conhecido como Green Building, o aço é 100% reciclável e as estruturas podem ser desmontadas e reaproveitadas", lembra Carlos Costa, gerente de negócios da Galvanisa, empresa especializada no processo de galvanização do aço.

 

Essa é uma das vantagens das obras que utilizam 'aço em sua estrutura. Para ampliar a "rede de vantagens", profissionais atentam, inevitavelmente, para outra questão: como proteger tais estruturas, de forma também sustentável?

 

É fato que o aço desprotegido sofre lenta e contínua deterioração, num fenômeno conhecido como corrosão atmosférica. Portanto, para que se possa extrair todo o benefício proporcionado pela construção metálica, deve-se proteger o aço de modo adequado. As formas mais comuns de proteção são a pintura e a galvanização a quente - seguida ou não de pintura.

 

"Há muitas maneiras de se proteger o aço, mas em geral, elas se resumem em duas categorias: revestimentos metálicos e revestimentos orgânicos. A Galvanização a fogo (zincagem por imersão a quente) é um revestimento obtido pela imersão do aço ou ferro em um banho de zinco fundido", explica Carlos.

 

O ferro e o zinco reagem para formar camadas de liga que são, então, cobertas por uma camada de zinco puro quando a peça é retirada deste banho. Esse tratamento proporciona uma proteção completa, por dentro e por fora, que resiste a batidas e abrasão e, ainda, garante proteção por mais de 25 anos.

 

Esta é uma das razões para se escolher galvanização a fogo. A pintura, por sua vez, também é um excelente processo de proteção, desde que sejam feitos os procedimentos exigidos para cada tipo de pintura.

 

"O que diferencia a galvanização da pintura é que, se não for realizado o pré-tratamento (limpeza) como se exige não podemos realizar a imersão, pois o zinco não vai aderir ao aço; já a pintura irá apresentar uma ideia de acabado, porém, fatalmente em pouco tempo, poderá se destacar da peça", argumenta o gerente.

 

"Esse tratamento (a galvanização) proporciona uma proteção completa, por dentro e por fora, que resiste a batidas e abrasão e, ainda, garante proteção por mais de 25 anos"

 

A definição de qual a melhor proteção depende de vários aspectos a serem estudados, como agressividade, utilização e tempo de manutenção.

 

Como é esse processo?

 

O ponto de partida é o reconhecimento da agressividade do ambiente onde a estrutura será disposta: muito baixa agressividade; baixa agressividade; média agressividade; alta agressividade; muito alta agressividade, industrial; e muito alta agressividade, marinho. Proporcionalmente, quanto mais agressivo o ambiente, mais robusta é a proteção, por isso a necessidade de avaliar cada caso individualmente.

 

No que se refere à durabilidade dos produtos galvanizados a quente, ela é diretamente proporcional à espessura do revestimento e, inversamente, à agressividade do meio ambiente, podendo variar de 5 a 20 anos de durabilidade.

 

Sobre o uso da galvanização nos projetos com níveis de exigências sustentáveis internacionais, segue trecho de um artigo assinado pela engenheira do departamento de Desenvolvimento de Mercado da Votorantim Metais - Zinco, Regislaine Guizelini, e pelo consultor técnico da Gerdau Aços Longos Brasil, Fabio Domingos Pannoni. O assunto é a escolha de estruturas em aço galvanizado para os estádios da Copa 2014.

 

"...A galvanização a quente tem sido utilizada na proteção do aço há mais de 150 anos. Ela tem a vantagem de garantir, por décadas, a integridade da estrutura, não exigindo manutenção. É, possivelmente, o processo mais ecológico de prevenção contra a corrosão; o zinco é indispensável à vida dos seres humanos, animais e plantas. Outra vantagem é que o zinco, oriundo de componentes galvanizados – assim como o aço - pode ser reeiclado indefinidamente. De fato, cerca de 30% de todo o zinco consumido no mundo é proveniente de fontes recicladas – um número crescente.

 

Esse sistema permite atingir as exigências de sustentabilidade econômica e ambiental determinadas pelos organismos certificadores (e pela própria FIFA). É um jogo em que só existirão vencedores, inclusive nossos estádios, que terão qualidade e durabilidade garantida por muitas décadas ... "

 

Fonte: Metalica

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